Estudo relaciona excesso de energético a novos males na saúde
Uma revisão de estudos publicada na Frontiers
in Public Health apresentou novos malefícios
do consumo exagerado de bebidas energéticas. Seus efeitos negativos
para o sono, ganho de peso e a pressão arterial já eram conhecidos,
mas agora o energético também está ligado a vícios, problemas na
saúde mental, aumento no risco de diabetes, apodrecimento de dentes
e danos no rim.
A quantidade de malefícios do consumo excessivo da bebida é
alarmante, e apesar de suas causas ainda não serem totalmente
certas, um conhecido vilão é indicado como o responsável: o açúcar.
Os energéticos costumam conter uma altíssima quantidade do adoçante,
chegando em até 54 g por latinha de 500 ml. Esse número ultrapassa
as recomendações diárias da Organização Mundial da Saúde, que indica
um consumo de 50 g de açúcar em uma dieta de 2000 kcal por dia.
Uma entrada tão violenta da substância no organismo pode criar certa
resistência à sua absorção, já que o pâncreas precisa produzir uma
cada quantidade cada vez maior de insulina e, eventualmente, não
conseguirá lidar com tanta glicose, viabilizando uma diabetes tipo
2. Altos níveis glicêmicos também podem prejudicar os vasos
sanguíneos e nervos, justificando os problemas de rim encontrados na
pesquisa.
Um estudo realizado na Coreia
do Sul aponta para os danos que a cafeína pode causar, e
encontrou laços entre ela e casos de depressão, ansiedade, estresse
e insônia. Uma latinha de energético contém, em média, 207 mg da
substância – mais da metade do que é considerado “seguro” pelos
cientistas coreanos.
A nutricionista Cristiane Perroni endossa os riscos de se consumir
bebidas energéticas em excesso, relembrando que sua mistura com o álcool
pode ser ainda mais perigosa. Ainda assim, ela não proíbe a ingestão do
produto antes do treino: “Não os vejo como vilões se forem utilizados para o
objetivo proposto (antes do exercício) e na quantidade devida (uma dose)”.
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